Levantamento realizado pelo site
Mercado Mineiro a pedido do Estado de Minas, mostra que lanche em Confins custa
até 360% mais que na capital
A concessionária que administra o Aeroporto
Internacional Tancredo Neves, em Confins, admitiu nesta quinta-feira que os preços
praticados por alguns comerciantes do terminal são de fato, acima do mercado.
Em audiência pública, realizada na manhã desta quinta, a BH Airport,
responsável pela gestão de Confins, explicou aos deputados da Comissão de
Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembleia Legislativa de Minas
Gerais (ALMG) que os valores cobrados pelas bebidas, comida e estacionamento no
aeroporto estão além dos praticados no mercado e que medidas estão sendo
tomadas para reduzir a diferença.
O relações institucionais da BH Airport,
Guilherme Motta Gomes, afirmou que os contratos atualmente vigentes foram
“herdados” da Infraero, sem cláusulas de regulação de preços. Ele reconhece que
algumas lojas oneram entre 15% e 20% os preços em relação a outros lugares de
Belo Horizonte. Mas, segundo ele, já estão em andamento licitações para
ocupação dos espaços e os novos contratos, que devem estar em vigência até
novembro, exigirão dos comerciantes a prática de preços compatíveis com o
mercado geral.
De acordo com pesquisa realizada pelo site
Mercado Mineiro a pedido do Estado de Minas, o tradicional pão de queijo não
custa menos de R$ 4,50 no terminal. O levantamento comparou os preços
praticados em Confins e na Região Central de BH. Na cidade, o quitute mineiro
pode ser encontrado pelo preço médio de R$ 1,31, variação de 243,51% em relação
ao aeroporto. No entanto, a maior disparidade nos preços, de 360,40%, foi
constatada no misto quente, vendido pela média de R$ 3,03 nas lanchonetes e a
cerca de R$ 13,95 no terminal.
Ainda na assembleia desta
quinta-feira, Guilherme Gomes informou que outra estratégia da concessionária,
é ampliar a diversidade de produtos para estimular a concorrência e,
naturalmente, pressionar a redução dos preços. Guilherme afirmou também que
estão sendo realizadas negociações com os comerciantes atuais para que sejam
oferecidas promoções diárias.
Sobre os preços do
estacionamento, o representante da administradora apresentou uma tabela com os
valores em Confins, inferiores aos praticados na maioria dos aeroportos
brasileiros. No terminal, o valor da hora é R$ 8 e da diária, em média, R$ 40,
variando com o local escolhido. No Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, os
valores são, respectivamente, R$ 10 e R$ 50; no Galeão (Rio de Janeiro), R$ 14
e R$ 61; em Guarulhos (São Paulo), R$ 12 e R$ 45; e, em Brasília, R$ 10 e R$
36.
Durante a assembleia, o
relações institucionais da BH Airport sugeriu ao consumidor a opção das
máquinas automáticas para fugir dos preços altos no aeroporto. Segundo
Guilherme, elas apresentam valores razoáveis. Entre os exemplos apresentados, a
garrafa de 500 ml de água mineral custa R$ 3; refrigerante lata, R$ 4; suco, R$
4; sanduíche, R$ 8; e café expresso, R$ 2. Ele afirma que existem máquinas
colocadas em 15 pontos diferentes do terminal.
http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2015/07/02/internas_economia,664424/concessionaria-de-confins-admite-precos-20-acima-do-mercado-e-anuncia.shtml
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