Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade. George Orwell
sábado, 24 de outubro de 2015
SBT - História do Teleton
Qual o futuro do Twitter?
05de Outubro, logo pela manhã e à caminho do trabalho vimos as seguintes mensagens no Twitter:
Pra quem não conhece o Jack dos tuítes acima, aqui vai uma pequena introdução da Wikipedia:
“Jack Dorsey é um empresário e desenvolvedor de software norte-americano. Ele é um dos criadores do sistema de Microblogging conhecido como Twitter.”
Isso mesmo, Jack Dorsey, Ev Williams, Biz Stone e Noah Glass são os fundadores do Twitter. O Jack já esteve à frente da companhia entre 2007 e 2008 quando foi demitido pelo próprio Ev Willians. Após a demissão acabou fundando a Square — sistema de pagamentos (história muito similar à de Steve Jobs de quem é fã assumido). Agora Jack está de volta e tem uma difícil missão pela frente: fazer a companhia crescer como os investidores esperam e acabar com os prejuízos que o Twitter enfrenta desde o IPO.
A receita do grupo aumentou 74% em relação ao mesmo período de 2014, mas atingiu apenas US$ 436 milhões nos primeiros três meses de 2015. Os analistas esperavam, em média, US$ 456,8 milhões, e a própria empresa havia prometido um faturamento entre US$ 440 e 450 milhões. A empresa continua deficitária, com uma perda líquida de US$ 162 milhões no primeiro trimestre contra a perda de US$ 132 milhões em 2014.
Muito além dos Early Adopters
Em1962 o sociólogo Everett Rogers publicou sua tese de doutorado (PhD) onde ele havia feito estudos relativos à difusão de inovações. A teoria de Rogers destacou que as inovações não se difundem de modo linear pelos diferentes segmentos de uma sociedade ou grupo social e sim em cinco etapas ao longo das quais uma inovação seria adotada:
- Inovadores (Innovators) — um pequeno e seleto grupo de pessoas que tendem a adotar novas tecnologias e comportamentos em seus primeiros estágios de desenvolvimento mesmo que isso implique em riscos maiores.
- Primeiros a adotar (Early Adopters) — constituem um grupo maior que os Inovadores e ainda possuem alguns traços de inovação, embora não tenham a mesma disposição para assumir os riscos associados às inovações em seus estágios preliminares de desenvolvimento;
- Maioria inicial (Early Majority) — constitui um segmento amplo do público alvo da inovação e é um primeiro sinal de que uma determinada tecnologia ou produto entrou em fase de difusão, isto é ganhou massa crítica;
- Maioria tardia (Late Majority) — Outro segmento amplo, mas que revela maior resistência às inovações e, portanto, tende a retardar a sua adoção até o ponto em que ela já demonstrou claramente suas vantagens;
- Retardatários (Laggards) — último segmento a adotar uma inovação, quando ela já se encontra em uma fase madura de implantação e os riscos envolvidos na sua adoção são bem menores;
Mas Luiz, o que isso tudo tem a ver com o Twitter? Calma que eu vou explicar. Me acompanhem:
O Twitter foi fundado em 2006 e desde então o seu maior desafio tem sido o crescimento do número de usuários e engajamento dos mesmos com a plataforma. Uma observação antes de continuarmos: não estou falando que o Twitter não está crescendo. Recentemente foi informado que, até o final de março, o número de usuários do microblog chegava a 302 milhões, cerca de 14 milhões a mais do que nos três meses anteriores.
Mas isso ainda é abaixo das expectativas dos investidores e não se engane, o Twitter é uma empresa de mídia e se o número de usuários não crescer consideravelmente, o número de impressões e receita também não irão. Diferente do Facebook (que comemorou recentemente 1 bilhão de usuários acessando a rede social no mesmo dia), o Twitter não conseguiu passar do segundo grupo de pessoas no quadro acima e é exatamente esse o desafio atual do Jack Dorsey ao assumir novamente como CEO: transformar o Twitter em uma ferramenta fácil de usar e mais útil para as pessoas no dia a dia. Não sou eu que estou falando. Olha só:
Engraçado falarmos que o crescimento está aquém das expectativas com a exposição que o Twitter tem tido atualmente na mídia, principalmente na TV. Não é difícil encontrar programas que destacam o Twitter em horário nobre. Ao que parece, as pessoas sabem o que é e abrem o Twitter para ver algum conteúdo (por exemplo, MasterChef Brasil) mas não viram usuários. O que nos leva a crer que talvez o principal problema seja… o Produto.
Vamos combinar, o Twitter não é simples de usar e até certo ponto assusta os usuários — eu mesmo levei muito tempo até começar a usar — , mas um indício mais forte de que talvez o problema seja o Produto é a alta rotatividade da área na companhia. Em outubro do ano passado, Kevin Weil se tornou o quinto chefe da área em cinco anos. Só em 2014, três executivos ocuparam a cadeira. Não sei para vocês, mas pra mim isso parece ser muito. E, ao que parece, para os acionistas também: Brian O’Malley, do fundo Accel, acionista do Twitter, disse recentemente:
“Se alguém se divorcia uma vez, você não sabe quem responsabilizar. Mas, se alguém se divorciou cinco vezes, talvez exista um padrão.”
Por fim, espero que o Jack consiga reformular o Twitter para aumentar a adoção da plataforma pelos usuários sem que a sua fiel base de fãs fique #chatiada e que iniciativas como o Moments, Destaques e rumores como o que o Twitter teria um algoritmo similar ao Facebook tragam resultados em um curto período de tempo.
Chamem alguém pra salvar quem ia salvar a TV
Pode falar que você escutou/leu por aí que o Tuírer (faça uma cara de nojo pra falar assim e mostre toda sua fluência) ia "salvar a TV". Só que ele não salvou. E nem vai salvar. Mas eles se completam. E sim, um pode ajudar o outro a não "morrer" nessa revolução tecnológica e social que vivemos todo dia. Seja com o Periscope, Vine, Moments ou qualquer contagem de hashtag na TV (alerta de ironia para o último).
As coisas começaram a apertar. E ai trouxeram o Jack de volta. Um dos fundadores do Twitter ou "eterno CEO", aprontou poucas e boas lá e mesmo depois de "decidir sair" (leia: rolou tanta treta e tanta briga que eu recomendo que você leia A Eclosão do Twitter: Uma Aventura de Dinheiro, Poder, Amizade e Traição pra saber um pouco mais. Quando fiz a busca no Google o Submarino tava o mais barato: R$25,27. É uma leitura rápida e bem envolvente) continuou sendo chamado de fundador, dando entrevista e indo para uma missão no Iraque. Bem, assim como no livro é mencionado, muita gente diz que Jack tem uma veia de produto bem forte. E em todos esses anos 'pós' Twitter e Square (startup de pagamentos, que fundou, avaliada em mais de US$5BI e prestes a fazer um IPO) provavelmente devem tê-lo ajudado a aprimorar ainda mais essa qualidade. E vai precisar.
Jack chegou anunciando um corte de 8% dos funcionários (que fez as ações subirem em quase 10%), anunciou o Moments (não é o Facebook Moments tá gente?), uma feature que saiu do último Hackathon feito pelo Twitter. Hackathons são coisas normais em empresas de tecnologia, mas no Twitter tem um gostinho especial (o próprio Twitter saiu de um hackathon) e trouxe o funcionário nº 11 do Google, Omid Kordestani.
Potencial existe. Pessoas qualificadas também. A contratação de Omid e a volta de Jack são muito mais do que apenas reestruturar. É trazer pessoas que já tem o “caminho das pedras”. A de Jack em particular, por ser o cara do show e saber carregar o piano (aprimorado pelo sucesso estrondoso da Square e todo seu amor pelo Twitter). E Omid chega para utilizar esse mundão de dados que é o Twitter em uma fonte de receitas para milhares de anunciantes.
https://www.linkedin.com/pulse/qual-o-futuro-do-twitter-arthur-de-castro-araujo
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Esse foi mais um artigo do Mobilidade S/A, Acompanhe a gente lá e receba em primeira mão nossos próximos artigos.
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sexta-feira, 23 de outubro de 2015
Seis igrejas de comunidades negras foram incendiadas nos EUA
Investigadores estão buscando entender se a sequência de ataques foi motivada por razões religiosas ou raciais
Igrejas localizadas em bairros de comunidades negras foram incendiadas em St. Louis, no estado norte-americano do Missouri. Os investigadores estão buscando entender se a sequência de ataques foi motivada por razões religiosas ou raciais.
A sequência de incêndios teve início no dia 8 de outubro. De seis igrejas danificadas, cinco são de áreas predominantemente negras e uma é racialmente mista. Em todos os casos, as portas frontais foram queimadas.
O caso está sendo investigado pela Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos EUA, segundo afirmou o porta-voz do órgão, John Ham, juntamente com o Conselho de Esquadrões Incendiários de St. Louis.
O primeiro dos incêndios aconteceu na Igreja Betel Não-Denominacional em Jennings, uma pequena cidade no norte do condado de St. Louis. Dois dias depois, a Igreja Batista Missionária New Northside, também localizada em Jennings, foi atingida.
Os ataques seguiram por mais quatro igrejas em St. Louis: A Igreja Católica St. Augustine, na quarta-feira, A Igreja do Novo Testamento de Cristo, na quinta-feira, a Igreja Batista Missionária Vida Nova na madrugada de sábado, e um incêndio na Igreja Luterana Ebenezer, que foi descoberto no domingo de manhã.
Um dia após o incêndio do ministério Vida Nova, cerca de 40 fiéis se reuniram para um culto ao ar livre. O fogo derreteu o revestimento exterior e causou alguns estragos na pequena área de entrada, mas o interior do templo, em si, sofreu apenas danos causados pela fumaça.
Ataque à liberdade
O ataque aconteceu em uma região que foi marcada pela morte do jovem negro Michael Brown, que morreu a tiros, aos 18 anos, por um policial branco em Ferguson, no ano passado.
No entanto, os líderes das igrejas afirmam estar focados na cura, e não em especular a culpa. "Esta é uma pessoa espiritualmente doente", disse o Rev. David Triggs, do ministério Vida Nova. "Esta é uma questão pecado, não é uma questão de raça."
O reverendo Rodrick Burton, da New Northside, sentiu uma resposta "apática" pelos incêndios no local, embora algumas igrejas vizinhas se oferecessem para dar uma mão. Ele disse que ninguém sabe se os incêndios tiveram motivações raciais, mas o que fica claro é que são um ataque à liberdade religiosa.
"Se você pratica ou não a fé, todos deverim estar muito preocupados com isso", disse Burton. "A liberdade religiosa é parte da nossa identidade como americanos."
Fonte: Guia-me e CPADNews/ com informações de ABC News
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